Não é segredo que o Escotismo existe para potencializar as capacidades dos jovens. No entanto, os adultos que se tornam voluntários na organização também são convidados a percorrer um caminho de aprendizado e desenvolvimento pessoal. O principal documento que norteia esse processo é a Política Nacional de Adultos no Movimento Escoteiro, lançada em janeiro de 2019, estabelecendo um sistema de formação por competências.
Segundo o documento, competência é uma parte profunda da personalidade de um indivíduo que indica um desempenho adequado em determinadas situações, pois se reflete nas suas atitudes. Por exemplo: para que qualquer pessoa se torne voluntária nos Escoteiros do Brasil, uma das competências que precisa desenvolver é o trabalho em equipe.
As competências variam de acordo com as funções que podem ser desempenhadas – você certamente precisa de competências diferentes para lidar com os lobinhos (6,5 a 10 anos) ou para cuidar da administração de uma unidade escoteira.
Uma das competências propostas como essenciais para todos os voluntários dos Escoteiros do Brasil é a Aprendizagem permanente e autodesenvolvimento. Veja a definição:
“Aprendizagem permanente e autodesenvolvimento – É a capacidade para adquirir e aperfeiçoar suas competências, de maneira voluntária e permanente, como resposta às necessidades individuais e da Instituição” (pág 12 da Política Nacional de Adultos no Movimento Escoteiro).
Esse conceito se relaciona com o termo lifelong learning, uma ideia que se traduz para o português como “aprendizagem ao longo da vida”. Em um mundo que passa por constantes mudanças e apresenta situações complexas, é fácil perceber a necessidade de aprender coisas novas de formas diferentes, incluindo em fases variadas da vida. Quem lida com jovens sabe bem como é isso.
Tudo! Este momento de paralisação de atividades também pode ser uma oportunidade de desenvolvimento dos adultos dos Escoteiros do Brasil. Pensando nisso, montamos uma lista de materiais interessantes, inspiradores e gratuitos que podem te ajudar a ser não só um melhor escotista ou dirigente, mas também auxiliar em conhecimentos e competências em outras áreas da vida.
O livro é escrito por Blake Boles, um entusiasta da autoeducação. Ele conta boas práticas de aprendizes autodirigidos, mencionando histórias e projetos reais. Com linguagem leve e simples, o autor também explica como o tema passou a fazer parte de sua trajetória pessoal. Logo na introdução, ganha pontos com leitores escoteiros ao listar vivências e aprendizados que ele teve em um acampamento.
► Acesse: A arte da aprendizagem autodirigida
A troca de experiências com outros indivíduos é uma das formas de potencializar o conhecimento. Para proporcionar interações entre os escotistas e dirigentes durante a quarentena, os Escoteiros do Brasil lançaram o documento “Comunidade Virtual de Aprendizagem”. A publicação traz instruções de como realizar encontros virtuais que proporcionem ricas discussões, com dicas de ferramentas e sugestões de temas.
► Acesse: Comunidade Virtual de Aprendizagem
Existente desde 2011, a Escola Aberta do Terceiro Setor tem o objetivo de proporcionar capacitação para pessoas que atuam no setor social e consequente profissionalização de práticas de gestão. Útil para dirigentes escoteiros, oferece cursos gratuitos à distância com temas como “Marketing Digital como apoio à Captação de Recursos”, “Voluntariado e Solidariedade” e “Metodologia de Gestão nas Organizações do Terceiro Setor”. Além disso, a página da instituição no Facebook tem promovido constantes lives sobre assuntos atuais.
► Acesse: Escola Aberta do Terceiro Setor
Em 14 minutos, o vídeo explica a origem dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) – os quais o Movimento Escoteiro apoia a nível mundial e nacional – e quais são as formas de atingi-los. Mesmo gravado em 2015, oferece informações atuais e relevantes. Traz o panorama das Metas de Desenvolvimento do Milênio, estabelecidas em 2001 que proporcionaram a redução da pobreza global, apresentando os ODS e a Agenda 2030 como uma continuidade que deve envolver todos os países, sem deixar ninguém para trás. O palestrante, Michael Green, é um dos criadores do Índice de Desenvolvimento Social, padrão que classifica sociedades de acordo com o quanto seus cidadãos têm necessidades atendidas.
► Assista no site oficial do TED ou abaixo: